domingo, 30 de maio de 2010
sábado, 15 de maio de 2010
César Oliveira e Rogério Melo
No Desdobrar das Auroras'
"Hoje o sol nasceu mais cedo
Pra o índio da recolhida
Que trouxe mala estendida
Jnto a um primeiro clarãoFaz parte da obrigação
E o cuera que não se entrega
Tenteando grito de pegaJá vem de buçal na mão
Sou da costa do banhado
Por isso é do meu agrado
Cortar o rastro da sorte
Ir de encontro ao vento norte
Quebrar meu chapéu na nucaPois a vida me cutuca
Pra ser parceiro da morte
Dá gosto quando a tropilha
Sente o guiso e vira à frente
Floreando os olhos da gente
Que já nasce prá os arreios
E crescem enfrenando ânseios,
No desdobrar das aurorasQuando as vozes das esporas
Fazem tantos garganteios
Meu mundo é um galpão de estância
Meu pingo é um flete de guerra
Que pisa firme na terra
(...)"
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